segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Fragilidades.




Sinto entrando pelas minhas narinas o cheiro doce açucarado de algo que me faz lembrar o que não sei. Mas que foi bom.

Ouço o piar do passarinho que choraminga na noite fria, um piar doído e sofrido, úmido pela chuva, úmido pelos pesares... Pelas penas molhadas com a chuva da madrugada, pelos sonhos funestos sobre o ninho exposto no chão.

A alma do passarinho se encontra destroçada pela chuva e pelo vento.

Frágil o passarinho pia. Frágil meu coração se aquieta. 

Um sentimento de névoa se apossa de meu pensamento. Sentimento que tenta se fortalecer nas grades da razão e morre acorrentado, preso... Viveu pouco. Viveu névoa. Viveu e morreu nas narinas e no pensamento.

Somos dois frágeis corações nesta madrugada. Ambos sofridos, sonhadores e presos nas pesadas penas úmidas pela chuva que cai.




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