segunda-feira, 15 de abril de 2013

A Vida e Suas Escolhas...

Dizem os grandes mestres que, o homem que admite ter errado ao longo de sua vida é um sábio e que a meia idade é na verdade o tempo que levamos a mais para descansar... É engraçado isso porque estar na meia idade me faz pensar em um monte de escolhas que foram feitas ao longo dos anos e que hoje, eu não sei, não sei mesmo, se foram as escolhas mais certas.

Mas eu sei que errei um bocado.

E que tentei refazer um monte de coisas na minha vida e não consegui. E tentei novamente e de novo fui mal sucedida, e de novo tentei e de novo errei e por fim me convenci que não era para ser... Como não era para ser tanta coisa e que foi acontecendo, se transformando em pequenas histórias de minha grande história de vida... Fico pensando se outras escolhas tivessem sido feitas, como seria minha vida agora, se a sapiência e toda a sua elevação moral me conduziriam a algum patamar de responsabilidade ilibada, acima de qualquer sombra ou imperfeição moral.

Lá no passado ficou o sonho de ter me casado em uma pequena Igreja, com flores brancas em uma noite enluarada... Ficou o sonho de um filho que pudesse reinar sobre minhas têmporas nos dias de jejum de corpo e alma, alimentando minha vida de uma nova esperança, de um novo sonho, trazendo ao final de toda a jornada da vida, a certeza que meus dias não foram em vão aqui nesta terra.

Nada vem ou acontece por acaso, como um fio condutor em nossas vidas, muitas vezes já programadas em outros planos, em outras existências, outras vezes sendo cultivada e regada no aqui e agora, baseada em nossas escolhas e planos.... Sinto que para ter chegado nesta rota que estou agora, tive muito o que caminhar, e muito ainda terei que seguir adiante. Nascer e morrer em cada sentimento ou emoção, vivenciando, plantando e colhendo a cada instante, a cada momento de acordo com as leis mais divinas.

Por tudo isso sou grata pelo "aqui e agora". Grata e feliz.
Por tudo isso me sinto abençoada. Transformada. Realizada.

O meu olhar contemplativo diante do outro que segue ao meu lado me torna o ser mais terna e amável que posso ser; o meu pulsar o meu mover, o meu querer se concentra nesta emoção, nesta estrada, nesta vida que segue tranquila e que em cada manhã me renova.

A felicidade calma tem o som das violas caipiras e cheiro de café coado.
É uma felicidade simples, de coisas simples. Uma felicidade que se aquietou com as escolhas certas e erradas feitas ao longo de suas trajetórias, mas ainda assim escolheu florescer...  Um florescer tardio, como as últimas flores de primavera... E se em cada florada há de se ter um fruto, que Deus me abençoe com frutos doces no entardecer de meus dias.

E que meu entardecer se transforme em aurora por ser algo tão simples que quero e espero da vida - Que venha a vida como um abraço apertado e sincero, nas lagrimas emocionadas de quem recebe uma boa notícia e  nas noites estreladas ou com chuva mansa caindo, que seja simples e comum, como o cheirinho de café coado e a sensação que o mundo inteiro cabe num único sorriso.

Linda noite.









2 comentários:

  1. Quanta simplicidade, quanta felicidade, neste mundo hostil onde confiar é tão difícil, fico emocionado em ver tanta disposição em alguém para se doar, para estar disposto ao outro.

    Lindo!

    Bjs mil Paulo

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  2. Oi, Cau!Acho que realmente na simplicidade, nos detalhes, no aceitar e entender que erros,acertos e limitações fazem parte do crescimento,no olhar o outro e a natureza com delicadeza e respeito traduzem a maturidade de uma vida feliz. Linda declaração de amor à vida!Beijos.

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