domingo, 9 de dezembro de 2012

A Maçã e o Medo de se Expor...


Tenho tentado ser mais discreta. Se é que posso ser assim mantendo minha essência, minha personalidade e minhas convicções. Aos quarenta e alguns anos, a gente já cria uma certa identidade com o mundo, as pessoas já conhecem você pelas suas regras, seus valores, brincadeiras e porque não, também pelas suas manias e seu pior lado... E eu sei que nem sempre as pessoas entendem seus medos, suas paixões e seus defeitos... Ainda assim, venho tentando encontrar-me diante dos novos caminhos e sonhos que hoje busco para mim.

Deve ser natural este medo e esta insegurança. Tem tanta inveja no mundo! Mas também deve ser natural morder a maçã e se deliciar com ela... Morder feito comercial de tevê que mostra um mundo deliciosamente novo e de fantástico sabor... Se é bom, porque o medo? Não sei dizer... Nada temos a perder ao expor nossas emoções, talvez, tenhamos mais a lucrar, porque a vida de alguma maneira conduz a gente a cada momento especial, a cada fase de nossa história... O destino tem essa peculiaridade, este dom - Ele reprime, interage, conecta e traduz as emoções e sentimentos com tanta força, com tamanha energia, que todo nosso universo fica de pernas para o ar, nosso coração aos saltos e nossa razão repleta desta sensação de descontrole.

Não me expor, conscientemente, laconicamente, me sinto sufocada, em busca de um alívio para este meu tempo presente, um sabor para minha maçã... Deveria ser natural, como é natural apaixonar-se. Amar o outro, aceitá-lo e ir juntos além de seus mundos, de seus sonhos abandonados e reprimidos pelo medo... Compartilhar o olhar sobre o que ficou para trás e também o que se descortina a frente. 

... me lembrei de Leo, que em tão pouco tempo, conheceu o amor de sua vida, reconheceu-se nele e com ele  foi morar... O amor que não se explica encontrou-se com a ausência de medo de ambas as partes e o que pode parecer absurdo para as famílias, amigos e conhecidos, é na verdade o início de uma linda história de amor... Eles morderam a maçã deles, e ela é incrivelmente doce.

Beijos da Cau

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