segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Chuteiras e Salto Alto

Ontem estive na confraternização da torcida do América MG, lá no bar da Sandrinha. Era para ser um dia de festa e de reencontros. Momentos de descontração e de louvores ao nosso time que comemora seu centenário. E seria mesmo, se não houvesse acontecido um stress entre um torcedor atleticano e torcedores alvi-verde-negro. Em primeiro lugar e acima de tudo sou americana com honra e orgulho. E tenho muito que agradecer a todos os títulos e glórias que me abriram portas, me fez conhecer muita gente e aprender muitos ensinamentos. O América Mineiro fez e faz parte dessa minha trajetória desde criancinha, quando meu pai era jogador de futebol de campos de várzea, quando a bola e o amor ao escudo era o maior sucesso na história de um homem apaixonado pelo futebol e suas chuteiras. Mudanças sempre acontecem e acredito que são elas que impulsionam o ser humano a ser melhor e construir a sua história de sucesso. A torcida americana tem todos os motivos para se orgulhar e seguir adiante com seus novos projetos, seja eles de confraria, solidariedade ou de valorizar nosso manto. São estas novas histórias e estes novos torcedores que irão de alguma forma retratar nossa história como uma torcida feliz e rica de valores e ética. História escrita no tom verde da esperança sob o branco maculo da paz e da ordem. Que possamos ser vencedores no desejo comum de sermos dignos e reconhecidos como a elite do futebol mineiro e nacional. Somos poucos e nos reconhecemos pelos gestos de integridade moral e emocional, somos como uma família e nos reconhecemos como tal. Pouca gente pode contar histórias como as que um torcedor americano pode contar, poucas pessoas têm a bagagem esportiva, cultural e social como a que nosso hino inflama. Acho que o futuro chega pra todo mundo, e para o América está chegando agora. Estamos mais amadurecidos, mas centrados, mais confiantes, e nem por isso, menos apaixonados. E por isso mesmo, quando eu pensar na torcida do meu time, vou pensar no que eu vi ontem – gente feliz, animada, sorrindo, se cumprimentando, se reconhecendo. Não quero me lembrar, e não tenho vontade nenhuma de me lembrar, do solitário e infeliz torcedor atleticano que apareceu por lá no desespero de provar para si mesmo os valores que seu time possui. Não quero e não vou me lembrar, do solitário e infeliz americano que numa atitude ingrata achou que como num bang bang as avessas resolveria tudo a bala. Tiros não comemoram e nem alegram uma torcida. Lembranças felizes sim. Que eu e todas as mulheres desta linda torcida feminina, possamos continuar a irmos tranqüilas ao estádio e as confraternizações, lindas e de salto alto. Que possamos continuar ser tão felizes e vencedoras no amor, como somos no futebol. Até a próxima pessoal!

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