segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Guerras e Paz… Nossas escolhas para 2012.

Enfim, mais um ano vai ser finalizado com a tradicional mensagem de final de ano do Papa Bento XVI desejando paz a todos os povos. Lembrei-me de que desde o Concilio Vaticano II que a guerra foi declarada ilegítima em todas as suas formas e mesmo assim, ainda hoje os conflitos civis acontecem todos os dias. É nos ensinado a ter esperança, todavia, são multiplicados os desmandos e abusos de todas as ordens e a guerra passou a ser uma forma de comércio e concessão de armas e de vidas. Pergunto-me qual é a validade da Carta da ONU restringindo os limites éticos e jurídicos nos conflitos internacionais. É comum ver nestas retrospectivas de final de ano, homens das forças de paz da ONU a jogar futebol com as crianças vítimas da guerra e claro isto nos toca profundamente ao coração. Mas isso é o mínimo que fazemos! Os desvios e os desmandos em nome da legítima defesa de um estado assassinam milhares de famílias e tiram o futuro de milhões de crianças todos os dias! Mas existem outras guerras, e talvez estas sejam ainda mais ambiciosas e as que mais necessitam de uma percepção verdadeira e urgente. A guerra contra a pobreza é uma delas. Nascida onde ainda se entende que homens armados são necessários para implantar qualquer tipo de educação e justiça. Já não falo aqui de um governo, mas de uma paz por adesão. A utópica e sonhada paz pela luta armada. No dia da paz mundial um paradigma entre o velho conceito do semear valores e a capacidade de assimilar estes princípios como a mensagem que o Papa Bento XVI amavelmente nos propõe, quando ele fala que a guerra começa no coração dos homens e por isso é necessário desde já se fazer um processo educativo dentro deles. É comum avaliarmos nossa trajetória ao finalizarmos mais um ano e rever nossos desvios, descasos, saldos e acertos em todas as variantes. Acredito que alguns governos também façam o mesmo, até como única forma de legitimar suas escolhas e projetar um futuro menos sofrido. Talvez um futuro sem guerra, onde a legitima defesa da honra seja a correspondente a legitima defesa ao estudo, alimentação e saúde pública. Onde a desigualdade não nos toque tão ostensivamente como vem acontecendo. De um modo novo, quem sabe, como o Papa Bento XVI idealiza, num processo educativo, mais humanitário e justo. Mas sendo justo, por merecermos, e não por questões de projeções políticas e interesses escusos. Que sejamos todos nós remetentes desta boa nova. E também co-responsáveis pela educação de dirigentes e na condução de nosso destino como cidadãos. Que tenhamos coragem de lutar sem armas por uma vida mais digna e justa usando o voto como arma, e que a coragem de não nos limitarmos ao relativismo seja bem mais ampla que esta nódoa incorporada no nosso processo evolutivo. Feliz 2012.

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