terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

CARENCIA...

Carência é o estado íntimo de insatisfação que surge da privação de alguma necessidade pessoal, cujo principal reflexo é o sentimento de infelicidade. Um apelo para o suprimento de algo necessário à auto-realização.

Na ótica afetiva é um processo de desnutrição que pode ter-se iniciado na infância ou até mesmo em outras reencarnações.

A maior carência humana é de afeto e carinho, sem os quais ninguém se sente humanizado. E não se sentir humanizado significa permitir a influência dos reflexos primitivos que açulam a ganância e a crueldade proveniente do instinto de conservação exacerbado.

O carente, em verdade, é um doente que deseja ardentemente amar sem conseguir. Não conseguindo, passa a exigir ser amado, criando relações complicadas e frágeis; é alguém à mingua de amor, um constante cultivador da esperança de ser compensado. Sua experiência, porém, frequentemente revela facetas ignoradas de si próprio.

A alma carente é alguém em débito perante a sua própria consciência. Essa realidade da subjetividade humana é percebida na intimidade através de sentimentos de baixa estima, vergonha, incapacidade, auto-piedade, que levam o ser a se estiolar nos complexos de culpa de múltiplas variações.

Nada na criação foi gerado com carências e tudo foi criado para "pulsar para fora". Porém nossa incúria e teimosia, nossa infidelidade e rebeldia aos códigos Divino ensejaram os caminhos da escassez. Carência em termos do espírito não é somente aquilo que falta, mas o resultado em forma de desajuste comprado a preço de irresponsabilidade.

Todos temos o que precisamos e merecemos na vida, e se não concordamos com esse alvitre da lei Divina cabe-nos, a todo instante, o direito de tentar melhorar o nosso "existir" trabalhando pela melhoria que aspiramos. Para triunfar nesse mister, somente amando e servindo.

Observa-se que boa parcela de pessoas não está aceitando mais, em nenhuma hipótese, a possibilidade de fazer cada conquista a seu tempo. Querem tudo para já custe o que custar, tem vivido a filosofia do imediatismo.

O controle da vida emocional é o primeiro passo no suprimento das nossas necessidades reais. Saber adiar a gratificação pessoal é muito importante na aquisição desse controle. Tudo a seu tempo, conforme os méritos e esforços pessoais.

Perseverança e coragem são duas nobres virtudes que precisam ser cultivadas nesse caminhar da existência. Todavia, destaquemos que tais virtudes serão improfícuas se nosso estado emocional for de inconformação, porque criará uma barreira vibratória de obstrução no suprimento das nossas carências variadas.

Nosso destino é a felicidade e a completude sem carências. Leis perfeitas regem nosso merecimento e somente quando empenharmos pelo amor, perceberemos que carência é o outro nome do egoísmo.

Estejamos certos de que a melhor solução para nossos problemas de equilíbrio, nas necessidades e aspirações pessoais, será sempre manter-se firme nos ideais enobrecedores que vertem da proposta terapêutica do amor. Quem ama, ainda que precisando ser amado, supre-se, eleva-se, compensa-se.

Obviamente, as mais elementares necessidades humanas serão sempre, de alguma forma atendidas.

Num mundo faminto de amor, a terra tornou-se o local onde a maioria espera saciar sua fome afetiva e poucos são os que optam pela Divina escolhe de amar.

Colaboremos com o Pai. Amemos intensa e nobremente. Rica expressão do amor Divino, a vida nos recompensará com farta nutrição que jamais nos deixará sentir a falta do essencial para sermos felizes.


Nota: Extraido do livro "Mereça Ser Feliz" pelo espírito Ermance Dufaux.

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